— De Marco Martins
A história de um país contada através da história de uma das suas grandes companhias de dança. É esta a proposta que Marco Martins nos apresenta no seu novo documentário, que acompanha o Ballet Gulbenkian desde a sua fundação em 1965, ainda num país sob ditadura, até à sua extinção, em 2005. O movimento do corpo é aqui também o movimento de um Portugal que emerge do Estado Novo e que passa por anos de profunda transformação, alguma instabilidade e finalmente a abertura ao exterior. O Ballet Gulbenkian procurava neste período a sua verdadeira voz, e encontrou-a em Jorge Salavisa, o primeiro diretor artístico português da companhia, uma figura revolucionária que a projetou a nível nacional e internacional. O próprio filme, realizado a convite da Fundação Calouste Gulbenkian, era algo que Salavisa, diretor artístico durante 19 dos 40 anos da companhia, tinha já sonhado.
Criado a partir de imagens de arquivo inéditas e entrevistas a vários dos seus diretores artísticos, entre os quais o próprio Salavisa, Vasco Wellenkamp, Paulo Ribeiro ou Milko Sparemblek, bem como a outras figuras incontornáveis da dança e das artes do espetáculo em Portugal, como Olga Roriz, Ricardo Pais, João Fiadeiro, Vera Mantero, Isabel Ruth e Clara Andermatt, Um Corpo Que Dança – Ballet Gulbenkian 1965-2005, faz um perfeito pas de deux entre os corpos que dançaram e o país que os viu dançar.
origem Portugal, 2022
conversa após o filme com Luíz Antunes (bailarino, coreógrafo, co-argumentista), Rui Cunha Martins (FLUC)
parceria com os Programas de Doutoramento em Discursos: Cultura, História e Sociedade (FLUC/FEUC/CES) e em Estudos Artísticos (FLUC)
17 abril 18h00
auditório TAGV
duração aprox. 2h07
M12
€2