Espaço habitado, negociado por sete corpos, visto não apenas como território, mas sobretudo como um lugar imaginário, que os atrai, quebrando fronteiras e limites. Espaço que só faz sentido se for habitado por esses corpos e escarificado pelo seu movimento. Uma gestualidade que abre a porta de um espaço transformado em lugar pela linguagem coreográfica. Uma pergunta paira sobre a obra: por que queremos estar sempre em outro lugar? A que hierarquia obedecemos nos momentos de escolher? E no entanto a resposta, apesar de minuciosa como uma partitura, escapa à narrativa e é habitada por uma poética que transcende a compreensão: o território mais puro da dança. Chamei-lhe Hierarquia das Nuvens.
Rui Horta
Rui Horta começou a dançar aos 17 anos nos cursos de bailado do Ballet Gulbenkian. Viveu vários anos em Nova Iorque, onde completou a sua formação e desenvolveu o seu percurso de intérprete e professor. Em 84 regressou a Lisboa onde continua a sua atividade pedagógica e artística. Nos anos 90 viveu na Alemanha onde dirigiu o Soap Dance Theatre Frankfurt, sendo o seu trabalho considerado uma referência na dança europeia e apresentado nos mais importantes teatros e festivais em todo o Mundo. Em 2000 regressou a Portugal e fundou O Espaço do Tempo, um centro multidisciplinar de residência e experimentação artística. Para além do seu trabalho de criador independente, criou, como artista convidado, um vasto repertório para companhias como: Culberg Ballet; Ballet Gulbenkian; Grand Ballet de l’Opera de Genéve; Ópera de Marselha; Netherlands Dance Theatre; Ópera de Gotemburgo; Companhia Nacional de Bailado; Random Dance, Carte Blanche, entre outros. Recebeu importantes prémios e distinções: Grand Prix de Bagnolet; Bonnie Bird Award; Deutsche Produzent Preis; Prémio Acarte; Prémio Almada; Grau de Oficial da Ordem do Infante; Grau de Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres. A sua criação coreográfica dos anos 90 foi classificada como Herança da Dança Alemã. Nas artes performativas o seu trabalho de encenador estende-se o teatro, à ópera e à música experimental, sendo igualmente desenhador de luzes e investigador multimédia, universo que utiliza frequentemente nas suas obras.
Direção, desenho de luzes, espaço cénico Rui Horta
Interpretação Filipa Peraltinha, André Cabral, Teresa Alves da Silva, Luís Marrafa, Sylvia Rijmer, Phil Sanger, Silvia Bertoncelli
Música Miguel Lucas Mendes, Rui Lima e Sérgio Martins, Tiago Cerqueira, Minamo, Ryuichi Sakamoto + Alva Noto
Coprodução Centro Cultural Vila Flor (PT), Hellerau / Europäisches Zentrum der Künste (DE), Culturgest (PT)
Fotografia Mariana Silva
Espetáculo integrado no Mês da Dança 2015 e 17.ª Semana Cultural da Universidade de Coimbra
Data 16 abril 2015
Hora 21h30
Local Auditório TAGV
Duração 1h10
Classificação M12
Preço
7€
5€ < 25, Estudante, > 65, Grupo ≥ 10, Desempregado, Parcerias
12€ Mês da Dança // 3 espetáculos